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14 de set. de 2009

O Evangelho da graça

Certa feita, um jovem rico vai até Jesus e pergunta: "Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?". Não é à toa que este é o ponto de partida de muita gente: fazer para merecer. A ênfase no "mérito" é imediatamente percebida por Jesus, que chama a sua atenção para a bondade de Deus: "Por que me chamas bom? Ninguém é bom, senão um, que é Deus". O jovem rico quer ser colocado no centro das atenções, e Jesus parece "entrar no seu jogo", indagando se ele sabia os mandamentos. Ora, isso era tudo o que o riquinho queria. Claro, ele guardava "todos" os mandamentos. Era candidatíssimo a um elogio do Mestre. Mas Jesus simplesmente o manda vender tudo o que possuía e dar aos pobres, para ter um tesouro nos céus, e depois segui-lo. Estragou a festa. O jovem saiu muito triste, porque era riquíssimo. (Lucas 18) Não é coincidência que Lucas cita antes duas passagens onde trata dos conceitos excludentes de graça e mérito. A primeira, uma parábola, na qual Jesus contrapunha o exaltado fariseu, que "fazia" por merecer o céu, e o humilhado publicano, que sequer ousava levantar a cabeça, e só clamava pela misericórdia de Deus. Quem saiu justificado foi o publicano, não o fariseu. A segunda, um fato, na passagem de Jesus com as crianças, quando Ele afirma que o Reino de Deus a elas pertence. Ambas se encontram nos versículos que imediatamente precedem a história do jovem aristocrata. Tanto no caso do publicano como no das crianças, o contraste com o homem rico dá-se simplesmente porque não há como discutir que eles tenham sido capazes de merecer o que quer que seja. O ponto central de Jesus é o seguinte: "Quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira alguma entrará nele". Ou seja: não há nada que qualquer um de nós possa fazer para merecer o Reino de Deus. Devemos simplesmente recebê-lo como criancinhas. E criancinhas ainda não tiveram tempo de fazer nada. O mundo do Novo Testamento não nutre nenhuma visão sentimental a respeito de crianças e não sustenta qualquer ilusão sobre bondade alguma inata nelas. Jesus não está absolutamente sugerindo que o céu é um imenso "playground". Ao contrário, as crianças são o nosso modelo, segundo Jesus, simplesmente porque não têm qualquer pretensão ao céu. Se estão mais próximas de Deus é porque são incompetentes, não porque são inocentes. Se recebem alguma coisa, tem de ser de presente, de graça. O exemplo mais radical de graça, ou favor imerecido, é o caso do ladrão da cruz. O que podia ele oferecer ou fazer de bom naquela hora crucial. Tudo o que tinha feito era pecar e fazer mal aos outros. E ele mesmo afirmou que merecia o castigo. Mas ele fez a única coisa que poderia fazer, e suplicou arrependido: "Lembra-te de mim quando vieres no teu reino". Esse homem, que nem mesmo sabemos o nome, conheceu o completo significado da graça. Nada podia fazer, a não ser pedir para ser lembrado. Mas lembrar o quê? Que ele estava na cruz pelos próprios pecados, impotente, merecedor da punição? Aquele ladrão reconheceu o que nem mesmo os sábios intérpretes da Lei e os religiosos o fizeram: ele sabia que não merecia o céu, e não havia nada que pudesse fazer para merecê-lo. Ele entendeu que Jesus tinha um Reino e queria estar lá, e sabia que o único caminho era pela graça. Agora, atente bem para o "outro evangelho" que estão pregando por aí, ensinando as pessoas a barganharem com Deus. Esse "toma-lá-dá-cá" é política monetária eclesiástica, algo usurpador por natureza, não o Evangelho de Cristo. O Evangelho de Cristo é o Evangelho da graça de Deus, cuja mensagem central é que Deus mostrou "a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus" que morreu na cruz para nos salvar. Lembre-se: Não há nada que você possa fazer para merecer a salvação. Por quê? "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie" (Ef 2.7-9). Ao morrer na cruz, Jesus disse: "Está consumado!". Está feito! Agora, a única coisa que lhe resta é receber a salvação pela graça, mediante a fé em Jesus. Você está pronto?
Pr. Samuel Câmara
E-mail: samuelcamara@boasnovas.tv

7 de ago. de 2009

Como Fazer Missões: Visão, Amor e Disposição

Para iniciar um trabalho missionário numa Igreja, é necessário primeiramente que, aquelas pessoas interessadas em fazê-lo, se prontifiquem a compreender a vontade de Deus em relação ao assunto. para isso, precisam ter a visão certa: a visão de Deus. então podemos fazer algumas perguntas para entendermos melhor sobre essa necessidade.

- O que você sente no coração quando ouve alguém falar sobre as necessidades do mundo?
- Idéias novas e diferentes surgem em sua mente quando alguém lhe fala sobre Missões?
- Você ora constantemente pelos Missionários que estão no Campo?
- Você tem Influenciado outros para se envolverem com Missões?
- Quando alguém compartilha contigo a respeito do seu chamado, você o Incentiva a continuar?
- Você já mobilizou pessoas alguma vez a enviar uma oferta missionária para Missões?
- Você gosta de participar de conferências, congressos, acampamentos que abordam o tema Missões?
- Você envia periodicamente oferta para algum Missionário no Campo?

Deu para sentir que as perguntas acima apontam uma ligação inquebrável das três áreas necessárias na vida da Igreja, para alguém iniciar um departamento Missionário. Essas áreas são, na verdade, a essência do compromisso Missionário que todo Cristão deve ter no seu dia a dia, elas são:

Visão, Amor e Disposição

Mais de dois bilhões e setecentos milhões de seres humanos, número que representa cerca de dois terços da humanidade, ainda não foram evangelizados. sentimo-nos envergonhados da nossa negligência para com tanta gente; continua sendo uma reprimenda para nós e para toda a igreja. há, no momento, todavia, em muitas partes do mundo, uma receptividade sem precedentes para com o senhor jesus cristo. estamos convictos de que esta é a hora de as igrejas e outras instituições orarem fervorosamente pela salvação do povo não evangelizado e de lançarem novos programas visando a evangelização total do mundo.

"E disse-lhes: Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura" (Marcos 16:15).

As Pregação do evangelho foram deixadas na terra por Jesus, para toda a raça humana. por isso, devemos Ir por todo mundo, e não apenas para algumas regiões. o "Ide" é imperativo e não opcional. este é o nosso chamado como corpo de Cristo, é a nossa responsabilidade: Ir e pregar o Evangelho.

Visão - Olhar para o mundo sob a perspectiva bíblica. saber que Jesus morreu por todos os homens. conhecer as necessidades do homem e ter a verdadeira consciência sobre as responsabilidades conferidas a você para mudar tal situação.

Amor pelos Perdidos - Uma paixão desenfreada por aqueles que se perdem no mundo. preocupação autêntica com as pessoas que ainda não foram alcançadas pelo evangelho. sofrimento e dor quando ouve alguma notícia sobre a situação caótica da raça humana. sente a responsabilidade de mudar a situação.

Disposição - Levanta-se para fazer algo concreto em benefício das pessoas. não mede esforços para trabalhar na casa de Deus. está sempre alegre em saber que tudo aquilo que é feito para a obra de Deus é bom e satisfatório. não importa o resultado imediato, o importante é que o nome do senhor está sendo glorificado. dispõe-se debaixo de uma vívida e empolgante responsabilidade para mudar a situação.

Visão = Conhecer a Responsabilidade.
Amor pelos perdidos = Centir a responsabilidade.
Disposição = Agir sob a Responsabilidade.

Fazer Missões é algo imperativo para o povo de Cristo. o "Ide" é uma ordem do próprio Senhor jesus.

Pr. Nivaldo Ribeiro
CMCAFRICA

16 de jul. de 2009

Que faria Jesus?

Bobby Unser foi um grande piloto da Fórmula Indy, uma verdadeira lenda do automobilismo. Ele enfrentou provas muito difíceis nas pistas velozes, mas não foi num autódromo que ele enfrentou a corrida mais difícil de sua vida. Ele e o amigo Robert Gayton estavam passeando na neve quando seus trenós pararam de funcionar.
Com a neve na altura do peito e enfrentando o vento cortante de 50 Km/h, a temperatura muitos graus abaixo de zero os fez procurar abrigo. Nada encontrando, tiveram que cavar uma caverna na neve, onde puderam passar a noite. No dia seguinte, encontraram uma casa com aquecedor e telefone.
Após o resgate, Unser declarou: “Cada decisão que tomávamos tinha de ser a correta”. Ele e o amigo enfrentaram uma terrível batalha contra elementos que não podiam controlar, enquanto faziam o possível para se manterem vivos.
Isso nos faz lembrar que, como cristãos, vivemos também uma “corrida”. O apóstolo Paulo disse: “Assim corro também eu” (1 Co 9.26). Como estamos vivendo em um mundo absolutamente hostil à nossa sobrevivência espiritual, essa corrida é muito difícil. Todos os dias temos de enfrentar forças que podem nos destruir.
Algumas dessas forças são externas: influências mundanas da mídia, tentações consumistas de toda espécie, o próprio estresse da sobrevivência e também amigos ou conhecidos que não apóiam a nossa fé. Algumas são internas: desejos egoístas, orgulho pessoal, soberba, inveja, autocomiseração, etc. Em ambos os casos, se tomamos decisões equivocadas ou erradas, essas “nevascas” podem nos abater ou simplesmente destruir.
Assim, em cada palavra ou ação, em cada movimento que fazemos, devemos perguntar “o que faria Jesus” nas mesmas circunstâncias. Isso tem a ver com o ensinamento de Paulo que devemos ser imitadores de Jesus Cristo (1 Co 11.1).
Foi isso o que fez um grupo de jovens universitários, ao estudarem a clássica obra de Charles Sheldon, “Em Seus Passos, Que Faria Jesus?”. Eles criaram uma pulseira com a sigla QFJ, a sigla de “Que Faria Jesus”, o que levou milhões de pessoas a ponderarem sobre essa situação.
Isso os ensinava que, ao tentarem entender os princípios espirituais que nortearam a vida de Jesus, poderiam tentar agir de acordo com o que Ele agiria. Isso com certeza tornou cada movimento de suas vidas algo importante, o que acabou por influenciar outras vidas ao seu redor.
Não são poucos os cristãos que sentem não causar impacto algum no mundo. Ora, num mundo com seis bilhões de pessoas – cuja maioria não conhece Jesus – e problemas esmagadores, como tentar imitar Jesus se suas orações e testemunho e dedicação não parecem causar impacto algum?
Frederick Buechner, comparando o mundo a uma gigantesca teia de aranha, escreveu: “Se você tocá-la em algum ponto, fará tudo tremer... Conforme nos movemos nesse mundo e agimos com bondade, ou indiferença, ou talvez com hostilidade em relação às pessoas que encontramos, também estamos fazendo a grande teia de aranha balançar. A vida que eu toco, com bondade ou maldade, irá tocar uma outra vida, que tocará outra até que, quem sabe onde o balançar da teia irá terminar ou em qual lugar e tempo longínquos meu toque será sentido. Nossas vidas estão ligadas. Nenhum homem é uma ilha”.
Tudo o que fazemos conta. Por isso, perguntar a si mesmo: “Que Faria Jesus”, é apenas o primeiro passo. Seguir a Jesus é o resto do caminho para quem quer ser vitorioso. Qual a sua decisão?

Por: Pastor Samuel Câmara (camara.bel@uol.com.br)

26 de mai. de 2009

E vós, quem dizeis que eu sou?

"E, chegando Jesus às partes de Cesaréia de Filipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do homem? E eles disseram: Uns, João o Batista; outros, Elias; e outros, Jeremias, ou um dos profetas. Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou? E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus. Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus. Então mandou aos seus discípulos que a ninguém dissessem que ele era Jesus o Cristo." (Mateus 16:13-20).

Após curas vários enfermos (Mt 15.30) e realizar o grande milagre da multiplicação dos pães e peixes (Mt 15.36-37), nos depararmos com a preocupação do mestre Jesus em saber se aquela multidão que o seguia realmente o conhecia ou se eram apenas fanáticos atrás de um curandeiro ou padroeiro que resolvesse seus males. Obviamente ele se decepciona com as respostas do povo. Ainda que o reconhecesse com um grande homem de Deus como os profetas João Batista, Elias ou Jeremias. Mas Jesus era muito mais. Ele não era simplesmente um homem que recebia mensagens divinas. Ele é a própria revelação de Deus. "O resplendor da sua glória (de Deus), e a expressa imagem da sua pessoa (de Deus)" (Hb 1.3).

Na verdade, Ele queria mesmo era saber se os seus seguidores estávam certos disso. Poderia ser que Judas o Zelote, por exemplo, esperasse que Jesus fosse um grande revolucinario que lideraria um golpe de estado contra o império romano; Mateus, o cobrador de impostos, sendo um "funcionário público", poderia estar anelando por um Jesus estadista, que fosse um exímio governante; os demais sendo simples pescadores, poderiam estar pensando em Jesus meramente com aquele que ficaria suprindo suas necessidades cotidianas e sendo Judeus, oprimidos à época pelos romanos, vendo em Jesus como a única possibilidade de um novo rei libertador de israel.

Não seria essa a mesmo preocupação de nosso Senhor quando falou à mulher samaritana que eles adoravam o que não conheciam (Jo 4.22)?
Por isso Jesus foi e continua sendo enfático: E vós, quem dizeis que eu sou?

Por Ronaldo Lucena
Pastor
ronaldolucena@hotmail.com