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21 de jun. de 2013

O inevitável poder das palavras


“Palavras são palavras, nada mais do que palavras”. Este era o bordão de um personagem político bonachão num antigo programa humorístico, que se pautava pela embromação decorrente do desprezo que sentia pelos cidadãos, muito embora soubesse que os mesmos lhe propiciavam as sinecuras muito bem remuneradas e um elevado padrão de vida que a maioria não tinha. Certamente era inspirado no código de ética sempre em vigor para aqueles que não têm nenhum compromisso com suas palavras para além daquele estabelecido para si próprios.
Mas palavras têm poder! Palavras curam. Palavras ferem. Palavras levam vida. Palavras carregam morte. Palavras confortam. Palavras ofendem. Palavras libertam. Palavras prendem. Palavras dão voz às massas. Cassem-se as palavras e, inevitavelmente, as liberdades se vestirão de luto. Palavras liberam ou cessam o direito de ir e vir. Todos os dias nós labutamos no campo fértil do inevitável poder das palavras.
A maioria dos especialistas concorda que o principal ponto de rompimento dos relacionamentos, hoje e sempre, está intimamente ligado à comunicação, especialmente quanto ao modo como falamos às outras pessoas. Certamente, por isso, o apóstolo Paulo ensinou: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem” (Ef 4.29).
Paulo usou a palavra torpe para descrever o discurso que tem o poder de causar danos às pessoas, sejam adultos ou crianças. Ao mesmo tempo, afirmou que a boa comunicação – o conjunto de boas palavras que sai da nossa boca – é essencial para o crescimento pessoal, pois tem o poder de edificar as pessoas. Assim, quando causamos crescimento interior nos outros por meio do nosso discurso, instilamos graça ou benefício espiritual na totalidade de suas vidas.
É exatamente por isso que devemos examinar os nossos hábitos ao falar e, assim, evitar palavras duras ou descuidadas. Cabe a cada um de nós decidir edificar as pessoas do seu convívio, especialmente as crianças.
A origem do problema pode ser o fato de vivermos em uma sociedade marcada pelo negativismo, o que geralmente nos torna “do contra”, sempre contra alguma coisa, não a favor de algo.
O desastroso é que principalmente nós, os cristãos, deveríamos ser conhecidos como pessoas com atitudes positivas que promovem aquilo que é bom e certo, a começar pelas palavras que falamos. Não poucos cristãos se perturbam com os males de nossa sociedade, mas nada fazem que vá além de falar negativamente sobre os mesmos, num movimento incontido de murmuração pela murmuração.
Dentro de casa, sem dúvida, o problema é mais grave. Há exemplos de palavreados que frequentemente são imputados aos filhos, frutos de uma comunicação torpe e destruidora. De uma lista interminável, pululam alguns maus exemplos: Você é burro. O que há de errado com você? Você não faz nada direito. Você nunca aprende. Você não sabe nada. Você sempre quebra as coisas. Você é um desastre. Você nunca vai conseguir.
O sábio Salomão afirmou: “A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto”. E também: “Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo” (Pv 18:21; 25.11). Jesus foi contundente sobre a fonte de nossas palavras: “O homem bom do bom tesouro do coração tira o bem, e o mau do mau tesouro tira o mal; porque a boca fala do que está cheio o coração” (Lc 6.45). Ele adiantou que cada pessoa dará conta, no Dia do Juízo, de toda palavra frívola que proferir. E acrescentou: “Porque, pelas tuas palavras, serás justificado e, pelas tuas palavras, serás condenado” (Mt 12.37).
Podemos, sim, mudar para uma comunicação edificante, pelo simples fato de que, indubitavelmente, há poder em nossas palavras. Por exemplo, em vez de palavras negativas, temos muitas maneiras de dizer “muito bem” as palavras certas: Você realmente se esforçou hoje. Você é uma pessoa abençoada. Isso mesmo, você acertou. Estou orgulhoso de você. Você é muito bom nisso. Agora você entendeu o espírito da coisa. Vamos, continue, você chegará lá. Ou apenas dizer um simples “muito obrigado”.
A escolha é nossa. É muito melhor ser um farol da graça e da verdade com boas palavras do que um multiplicador da condenação com más palavras. O apóstolo Paulo deu a receita: “Fazei tudo sem murmurações nem contendas, para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo, preservando a palavra da vida” (Fp 2.14-16).
O fato é que as pessoas precisam mais de quem as encoraje e as edifique do que de quem as critique e as derrube. E isso tem a ver com as palavras que falamos. Então, podemos ser uma fonte de bênção, ou uma fonte de maldição. Resta saber se você, sabedor do inevitável poder das palavras, estaria disposto a fazer a coisa certa.
Samuel Câmara - Pastor da Assembleia de Deus em Belém

14 de jun. de 2013

Jornada Feliz


Há 102 anos, dois jovens estrangeiros empreenderam uma viagem ao nosso querido Brasil que, do ponto de vista meramente humano, tinha tudo para dar errado, sem nada que apontasse para uma jornada feliz. Eles tinham sido enviados por Deus com uma mensagem para uma nação cuja língua e costumes do povo desconheciam por completo. Eles também não tinham dinheiro nem organização religiosa alguma que lhes desse suporte. Passageiros da terceira classe do navio a vapor Clement, os jovens missionários suecos Daniel Berg e Gunnar Vingren demoraram catorze dias de viagem para, finalmente, aportarem na Estação das Docas, em Belém.
A cidade que Berg e Vingren encontraram, no início do Século XX, foi uma pequena Belém, de economia decadente com o fim do ciclo da borracha, a qual não dispunha de saneamento básico adequado e cuja população enfrentava uma terrível condição de saúde pública precária em razão dos surtos de febre amarela, malária, lepra e tuberculose, assim como de outras doenças tropicais.
Quando começaram essa obra pentecostal, depois denominada de Assembleia de Deus, o pequeno rebanho que conseguiram reunir contava com menos de vinte crentes, sem personalidades de destaque em qualquer área da sociedade belenense. Além disso, enfrentaram cerrada oposição de outros grupos religiosos, com calúnias e difamações as mais diversas, inclusive na imprensa.
Tudo lhes era adverso, eles não tinham nenhuma possibilidade humana de garantia de sucesso, nada que pudesse apontar para uma jornada feliz. Graças a Deus por isso. Eles tinham apenas uma certeza: Deus estava com eles e, exatamente por isso, Ele faria tudo para que o empreendimento germinasse e crescesse, e também produzisse incontáveis e permanentes frutos. Desse modo, a própria história diria, finalmente, que a jornada fora feliz porque contara com a aprovação Divina sobre o trabalho desses dois homens que ousaram obedecer ao comando do Senhor, mesmo sem nenhuma garantia de sucesso.
Uma jornada, para ser feliz, não pressupõe a ausência de lutas, problemas e desafios. Feliz, aqui, não significa apenas estar intimamente contente, alegre e satisfeito; muito mais que isso, é um estado de espírito que identifica a bênção de ser bem sucedido, bem aventurado, vitorioso, a despeito das lutas e dificuldades do caminho, tudo por causa da graça de Deus. Enfrentando lutas hercúleas, problemas grandiosos e desafios quase intransponíveis, foi nesse ambiente totalmente adverso que Deus coroou o esforço desses dois jovens missionários pioneiros com uma jornada feliz que chegou até aos nossos dias. Um dia, assim como Jesus, eles verão o fruto de penoso trabalho de suas almas e ficarão satisfeitos (Is 53.11).
É precisamente a essa jornada feliz, iniciada há 102 anos, que estamos dando continuidade. É a nossa geração, como pioneira do Bicentenário, que tem a honra de levar avante, na mesma disposição de espírito, na mesma fé e perseverança, essa jornada feliz.
Desse modo, nesta grande celebração de seus 102 anos de Jornada Feliz, a Assembleia de Deus em Belém tem a honra de convidar a todos os belenenses para participarem conosco destas festividades.
Como parte da programação festiva, hoje (15), estamos fazendo uma Maratona de Jornada Feliz nos bairros de Guamá e Terra Firme, a fim de compartilhar a nossa alegria e levar aos seus 160 mil moradores uma palavra de amor e alegria da parte de Deus, as boas novas de salvação plena em Jesus Cristo. A nossa oração é que cada cidadão seja abençoado, assim como sua família, e receba de Deus a paz e a alegria da Salvação que só Jesus pode conceder. Estaremos andando em todas as ruas e passagens desses bairros, oportunidade em que visitaremos os lares e faremos orações por todos aqueles que quiserem, invocando o poder do Senhor Jesus para curar e transformar vidas.
Neste Domingo (16), às 19h, teremos a Celebração de Abertura no Centenário Centro de Convenções, assim como nos outros 507 templos da Igreja em Belém.
Na segunda-feira (17), a partir das 9h, teremos o Impacto Pentecostal no Templo Central. Às 10h, haverá uma Sessão Solene na Assembleia Legislativa do Pará. Às 19h, daremos continuidade à Celebração no Centenário Centro de Convenções.
Na terça-feira (18), comemoraremos o Dia da Assembleia de Deus com uma solenidade na Câmara Municipal de Belém, às 9h. À tarde, a partir das 17h, instalaremos a Convenção Centenária da Igreja-mãe da Assembleia de Deus no Brasil, no Centenário Centro de Convenções, oportunidade em que consagraremos novos obreiros e avaliaremos a caminhada da nossa Jornada Feliz. Finalmente, às 19h, faremos o Culto de Encerramento das Celebrações, também no Centenário Centro de Convenções, quando todo o nosso povo agradecerá mais uma vez ao Senhor Deus, “para lhe pedirmos Jornada Feliz para nós,para nossos filhos e para tudo o que é nosso” (Ed 8.21).
O nosso lema é: Assembleia de Deus em Belém – 102 Anos de Jornada Feliz! Sinta-se especialmente convidado a estar conosco nesta grande Festa!
             Parabéns, assembleianos!
Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém

25 de jan. de 2013

Quanto vale um Pastor?


Uma busca despretensiosa nos milhares de sites que tratam de pesquisa de credibilidade nas atividades profissionais certamente revelará que, principalmente neste século, ser pastor é uma atividade em baixa. A exemplo do que ocorre no resto do mundo, os bombeiros são os profissionais em que mais as pessoas confiam, seguidos pelos carteiros; e os políticos, os menos confiáveis. Apenas um percentual que geralmente não ultrapassa os 15% diz acreditar em pastores, quando mais da metade opina que os tais não são dignos de confiança.
O que a grandeza desses números representa de positivo e negativo? Se os percentuais são similares no mundo todo, isso de alguma forma representa uma síndrome pastoral?
Certamente não sou daqueles que pensam que “a voz do povo é a voz de Deus”, mas também não desprezo a voz do povo, quando esta ressoa posições que apontam diferenças significativas. Se a maioria não acredita em pastores, o que isso realmente quer dizer? Há algo de errado no comportamento de alguns pastores para que suas vidas não inspirem credibilidade. E o que dizer da opinião da minoria? Isso quer dizer também que há pastores cujas vidas refletem o caráter devido aos verdadeiros servos de Deus.
Há, decerto, embutida nessas pesquisas, uma mensagem que a sociedade está enviando para a igreja. O julgamento da credibilidade dos pastores aponta para o nivelamento entre sua vida pessoal e a mensagem que pregam. Não pode ser diferente. Haja vista que pastores são arautos da Palavra de Deus, não é incongruente que suas vidas sejam avaliadas e julgadas pelos mesmos princípios que preconizam.
Charles Spurgeon, considerado o príncipe dos pregadores, no livro Lições a Meus Alunos conta a história de um pastor que pregava tão bem mas vivia tão mal, que ao postar-se no púlpito, todos diziam que nunca deveria sair dali; e quando não estava no púlpito, todos diziam que jamais deveria assomá-lo novamente. Com isso, ele exortava os ministros a se empenharem para que o caráter pessoal se harmonizasse, sob todos os aspectos, com o ministério que Deus lhes confiara.
É fácil entender que um modo preciso e rápido de acabar o ministério de um pastor é a comunidade discernir que sua conduta pessoal não corresponde à imagem pública que demonstra.
O pastorado não é uma profissão, é um sacerdócio que encerra vocação e chamada divina. Hoje, é socialmente aceitável que as pessoas entrem nas mais diversas profissões — política, comércio, entretenimento etc. — e obtenham sucesso público, sem, contudo, levarem em conta sua vida privada. No ministério pastoral, ao contrário, esse tipo de sucesso não permanece por muito tempo.
Infelizmente, o sentido mercantilista de “fazer igreja”, no qual uma atividade essencialmente espiritual foi transformada em mais um grande negócio, gerou uma anomalia ministerial, talvez por escassez de nomenclatura, também chamada de “pastor”. Por isso, há pastores para todos os gostos e desgostos. Mas reconheçamos, há diferenças definidoras e significativas que ajudam a reconhecer um verdadeiro pastor.
O Senhor Jesus Cristo reservou para Si a tarefa de chamar e qualificar os Seus ministros para o sagrado encargo de pregar o Evangelho, visando “ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo” (Ef 4.11-13). Embora Jesus tenha disposto as diretrizes claras que estabelecem o perfil de conduta pública e privada dos pastores, infelizmente alguns tentam seguir modelos de sucesso profissional meramente humanos. O homem de Deus só deve espelhar-se no modelo de Jesus, o único “Pastor e Bispo da nossa alma”.
Quando Paulo era jovem, Jesus lhe deu o seguinte norteamento ministerial: “Levanta-te, porque por isto te apareci, para te constituir ministro e testemunha, tanto das coisas em que me viste como daquelas pelas quais te aparecerei ainda, livrando-te dos gentios, para os quais eu te envio, para lhes abrires os olhos e os converteres das trevas para a luz e da potestade de Satanás para Deus, a fim de que recebam eles remissão de pecados e herança entre os que são santificados pela fé em mim” (At 16.16-18).
O velho Pedro aconselhou: “Eu, que também sou pastor, dou agora conselhos aos outros pastores... que cuidem bem do rebanho que Deus lhes deu e façam isso de boa vontade, como Deus quer, e não de má vontade. Não façam o seu trabalho para ganhar dinheiro, mas com o verdadeiro desejo de servir. Não procurem dominar os que foram entregues aos cuidados de vocês, mas sejam um exemplo para o rebanho. E, quando o Grande Pastor aparecer, vocês receberão a coroa gloriosa, que nunca perde o seu brilho” (1Pe 5.1-4).
O equilíbrio é este: “Quem prega pregue a palavra de Deus; quem serve sirva com a força que Deus dá. Façam assim para que em tudo Deus seja louvado por meio de Jesus Cristo, a quem pertencem a glória e o poder para todo o sempre!” (1Pe 4.11).
A marca essencial de um pastor terá sempre este selo: “O bom pastor dá a vida pelas ovelhas”.
 
Samuel Câmara - Pastor da Assembleia de Deus em Belém
E-mail: samuelcamara@boasnovas.tv

3 de mai. de 2012

Há outros caminhos até Deus?

A grande maioria dos pastores evangélicos não aceitam que a vida eterna pode ser obtida através de outras religiões que não o cristianismo, comprova uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas LifeWay. O levantamento entrevistou centenas de pastores, perguntando “Se uma pessoa está sinceramente buscando a Deus, pode obter a vida eterna através de outras religiões que não o cristianismo?”. Um total de 77% dos pastores entrevistados discorda totalmente, enquanto 7% discordam em parte e outros 7% concordam em parte. Apenas 5% concordaram com essa possibilidade, enquanto 3% não tem certeza.“A exclusividade do evangelho cristão não é algo popular no contexto do pluralismo atual”, disse Ed Stetzer, presidente da LifeWay. “Mas a maioria dos pastores ainda pregam que o cristianismo é o único caminho e rejeitam a idéia de que outras religiões levam ao céu.” Mas a crenças dos pastores em relação à exclusividade do cristianismo é diferente da maioria dos membros de suas igrejas, segundo comprova um novo estudo realizado por Eric Geiger, Michael Kelly e Philip Nation, que fizeram o levantamento para seu próximo livro “Discipulado Transformador”. Quando apresentados à mesma declaração, apenas 48% dos adultos que frequentam uma igreja evangélica seguidamente “discordam fortemente”, enquanto 9% discordam “em parte”. Um total de 26% concordam, incluindo 13% que “concordam fortemente” e 13% que concordam “em parte”. A pesquisa mostrou ainda que 16% não souberam responder. (Fonte: Charisma News/GospelPrime. http://www.creio.com.br/2008/noticias01.asp?resp=Indicação%20efetuada%20com%20sucesso). Dessa pesquisa, concluo que: a) Os “77% de pastores e os 48% dos adultos que discordam totalmente”, estão firmes nas palavras do próprio Jesus (Jo 14.6), de Pedro (At 4.12) e de Paulo (I Tm 2.5); b) Os “7% e 9% que discordam em parte” e outros “7% que concordam em parte”, são os “mornos” como a igreja de Laodicéia (Ap 3.16); c) Os “5% e 26% que concordaram” com essa possibilidade, são os lobos, disfarçados de pastores (At 20.29,30), tentando lançar outro fundamento da fé (I Co 3.11), tentando nos desarraigar de Cristo (Cl 2.6,7), com suas filosofias e vãs sutilezas (Cl 2.8); e d) Os “3% que não tem certeza e os 16% que nem souberam responder”, não devem nem saber se são salvos e porque são membros de uma igreja (At 19.32). Pr. Ronaldo Lucena.

10 de mar. de 2012

Apenas um pouco de Jesus

Conta uma parábola pós-moderna que um “crente” chegou ao seu pastor dizendo que gostaria de comprar “apenas um pouco de Jesus”, o suficiente para lhe dar um sono tranquilo à noite, mas não o perturbasse com a sorte das minorias; o suficiente para fazê-lo dormir, mas não o fizesse sofrer com os miseráveis; apenas o bastante para emocioná-lo, mas não transformá-lo; algo que lhe desse cura física, mas não cura interior. Ele queria o acolhimento do “calor de um útero”, mas sem precisar nascer de novo; desejava o suprimento do pão de cada dia, mas sem a inquietude dos que não têm o que comer. Ele dizia: “Apenas um pouco de Jesus me bastaria”.

O “crente” queria o suficiente para proteger a sua casa e os seus bens, mas não o deixasse perplexo com a situação dos que dormiam debaixo das pontes. Um pouco de Jesus bastaria, o suficiente para lhe abrir as portas do céu, mas não lhe exigisse abrir os olhos para ver a maldade do seu próprio coração. E concluiu: “Pastor, por favor, dê-me apenas um pouco de Jesus”.

Infelizmente, como Jesus está sendo reduzido a estereótipos consumistas, alguns querem “apenas um pouco de Jesus”, não Ele todo; uma relação de consumo, não de comunhão íntima. Porém, o tanto que alguém terá de Jesus dependerá sempre do quanto se entregar a Ele.

Acredito piamente que o Evangelho de Cristo é a resposta de Deus ao problema existencial do ser humano. Creio que o próprio Cristo é a resposta ao enigma da vida em qualquer área que se pense. Porém, temos presenciado mudanças substanciais na mensagem cristã que é pregada e vivida hoje: uma mensagem sem compromisso, utilitária, de consumo, na qual Jesus é reduzido à categoria de um mordomo celestial das coisas de que precisamos.

Por isso, é fácil deduzir que alguns não querem Jesus, apenas desejam os benefícios que Ele pode proporcionar. Não o buscam pelo que Ele é, mas pelo que oferece. O egoísmo fez com que algumas pessoas tirassem Jesus do centro do Universo, de modo que não o buscam porque de fato o desejam, mas por entenderem que Ele é imprescindível para a realização de seus projetos pessoais. Assim, preocupa-me ainda mais que certos “crentes” queiram apenas um pouco de Jesus, o suficiente para ficarem “de bem com a vida”.

Sem pretensões de sermos “palmatória do mundo”, contudo, precisamos questionar o modo como certas pessoas tratam as coisas de Deus. Algumas perguntas honestas exigem respostas coerentes. Que tipo de evangelho queremos, um que nos deixe com o astral elevado, mas sem custar nada; que evite falar de sacrifício, renúncia, perdas, mas trate somente do sucesso? Queremos um evangelho cuja espiritualidade seja indolor e sem sacrifício, sem nos deixar nenhuma marca? Queremos uma vida inodora, sem o bom cheiro de Cristo, para não sermos incômodos nem incomodados?

O apóstolo Paulo fez uma das mais bombásticas declarações a respeito de o Evangelho de Cristo ser pregado, não importando o meio utilizado ou a motivação do pregador. Ele estava tendo sérios problemas porque certas pessoas pregavam a Cristo “por discórdia, insinceramente, julgando suscitar tribulação” às suas cadeias. Outros “proclamavam a Cristo por inveja e porfia”. Mas Paulo acrescentou que alguns, porém, o faziam motivados pela “boa vontade, por amor”. Ele indicou, então, que também se regozijava “uma vez que Cristo, de qualquer modo, está sendo pregado, quer por pretexto, quer por verdade” (Fp 1.15-18).

O que Paulo afirmara há vinte séculos, ainda carrega um forte componente profético, pois hoje ocorre a mesmíssima situação. Isto é preocupante, não somente porque a mensagem do Evangelho está sendo diluída, mas também porque a própria maneira de vivê-la tem sido maculada. Assim, o modo como pregamos a Cristo e vivemos a Sua mensagem é comparado a realizar uma obra. O próprio Paulo ensina: “Deus já pôs Jesus Cristo como o único alicerce, e nenhum outro pode ser colocado”. Está claro, pois, que Cristo é o centro da mensagem, não outro.

Ele também fala da qualidade do material: “Alguns usam ouro ou prata ou pedras preciosas para construírem em cima do alicerce. E ainda outros usam madeira ou capim ou palha”. Ou seja, algumas vidas e mensagens são preciosas como o ouro, e outras, pobres como a palha. Mas Paulo acrescenta: “O Dia de Cristo vai mostrar claramente a qualidade do trabalho de cada um. Se aquilo que alguém construir em cima do alicerce resistir ao fogo, então o construtor receberá a recompensa” (1 Co 3.11-16).

Em Março, a Boas Novas comemora “19 anos transmitindo Jesus”, dizendo a todo o povo que Cristo é a mensagem do Evangelho, para que ninguém se acomode em querer “apenas um pouco de Jesus”, mas a plenitude da Sua bênção.

Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém

19 de jan. de 2012

O que significa ser crente hoje

No início da Era Cristã, os discípulos de Jesus foram chamados de cristãos, mas isso nada tinha de elogio; era apenas um adjetivo pejorativo, pois eles eram “diferentes”. Naquele tempo eles eram perseguidos e lançados às feras. Quando o cristianismo se tornou a religião majoritária e oficial, cristão virou substantivo. Ficou “chique”, pois não mais havia perseguições e apenas se requeria deles mera formalidade exterior.
Aconteceu de modo semelhante com os crentes no Brasil. De um passado de perseguições inclementes, ocasião em que muitos pagaram com a própria vida por causa de suas convicções, depois as coisas mudaram. Com inúmeras igrejas e teologias para todos os gostos (e desgostos), ser crente ganhou uma conotação “chique” que destoa de seu antigo significado.
Muitos acham que crente é aquele que não mata, não rouba, não mente, não tem vícios, frequenta igreja, veste-se modesta e decentemente, e não fala coisas inconvenientes. Outros acham que o crente não precisa ser diferente, isto é, pode viver do mesmo jeito que vivia antes, desde que faça as coisas “em nome do Senhor”. Já outros acham que, sendo crentes, adquirem um passaporte para um mundo-cor-de-rosa, tornando-se supercrentes: jamais ficam doentes, não têm crises financeiras, nem quaisquer problemas.
Embora respeite opiniões contrárias, entendo que ser crente é algo mais profundo, pois tem a ver com a mente e o coração, com uma radical mudança na essência do ser, e não apenas com meras atitudes exteriores. Pode-se tentar dar muitas definições, mas ser crente jamais passará disso: uma nova criatura a viver de conformidade com o Evangelho de Jesus Cristo. Esse ponto tem sido ignorado e traz muitas confusões às mentes das pessoas.
Mas o termo crente está em desuso. Agora, o chique é ser evangélico. Quando mulheres famosas posam nuas, falam imoralidades e rebolam “em nome do Senhor”, se dizendo evangélicas e defendendo que o exterior não importa, pois “Deus quer é o coração”; quando bandidos contumazes cometem todo tipo de atrocidade, mas no dia seguinte a serem pegos já se postam com a Bíblia na mão e se dizem evangélicos; quando desvios de comportamento procuram ser atenuados com essa nova palavra mágica, então podemos ver que algo está errado não só no entendimento do que significa ser evangélico, mas no próprio “modus vivendi” das pessoas que trazem afrontas e vitupério ao nome de Cristo.
Crente e evangélico, por definição, deveriam ser essencialmente a mesma coisa — aquele que segue fielmente o Evangelho. O problema é o desvio espiritual de quem quer apenas um rótulo chique, cuja religião demonstra cristianismo sem Cristo, discipulado sem cruz, privilégios sem responsabilidades, espiritualidade sem amor, liturgia sem liberdade do Espírito, e piedade sem poder de Deus.
Se crente é aquele que segue o Evangelho, tomemos uma expressão do Sermão do Monte para julgarmos a situação segundo a reta justiça. Jesus disse: “Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido... para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte”.
A função primária do sal é salgar, preservar e dar sabor. O propósito da luz é iluminar. São coisas tão evidentes que não necessitam de ilustração. Jesus as utilizou para deixar claro que esperava de Seus discípulos que a sua influência na sociedade fosse semelhante ao sal e luz.
O problema é que alguns são “crentes” apenas nominalmente, não são regenerados; são “crentes” insípidos e em trevas, que nunca salgam e jamais iluminam nada. Jesus os identificou como “joio”. Estes alargam o “caminho estreito” da salvação e fazem com que o nome do Senhor seja blasfemado. Em contrapartida, louvo a Deus pelos crentes fiéis, os quais vivem de modo digno do Evangelho, honrando o bom nome de Cristo e demonstrando com o seu exemplo que a verdade do Evangelho se credencia na prática.
Quando a sociedade julga os crentes por aqueles que não vivem de acordo com o Evangelho, podemos tirar disso uma lição. A sociedade espera que sejamos realmente diferentes, que vivamos o que pregamos, não o contrário. Quando somos expostos pela imprensa por causa de uns poucos “convencidos” (não convertidos), isso só deve nos fortalecer no propósito de continuarmos a ser sal e luz num mundo que se revolve cada vez mais na podridão de suas próprias trevas espirituais e morais.
Jesus disse que a árvore é conhecida pelos seus frutos. E também afirmou: “Nem todo o que me diz: ‘Senhor, Senhor!’ entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus”. Vale a pena ser crente em Jesus!

Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém
E-mail: samuelcamara@boasnovas.tv

8 de dez. de 2011

O dia de adoração e serviço a Deus

Estudando a nossa lição de nº 11 da EBD, com o título “O dia de adoração e serviço a Deus”, editado pela CPAD, fui surpreendido no ponto 3, do tópico 3, com a expressão do comentarista: “Então, porque guardamos o domingo?”. Fiquei surpreso, pois, sendo assembleiano há 18 anos, servindo como diácono, presbítero e atualmente como pastor, nem eu mesmo sabia que “guardava o domingo”. E mais surpreso ainda, pelo comentário de nº 3, da nota de rodapé da minha querida Bíblia de estudo pentecostal, página 1410, referente a passagem de Mateus 12.1, dizendo: “…o dia de adoração (o domingo) é um sinal de que este [o povo de Deus] pertence a Cristo.”
Não tenho nenhuma pretensão deste breve artigo esgotar esta questão teológica, mas,vejamos os pontos a seguir:

1) É fato de que nós, cristãos, não temos a obrigação cerimonial e legal, como os israelitas, da guarda do sábado. O fim da Lei é Cristo (Rm 10.4). Ele é o nosso repouso (Hb 4.5). De igual forma, guardar religiosamente outro dia, mesmo sendo o domingo, é voltar aos “pobres rudimentos da Lei” (Gl 4.9-11); é fraqueza de fé (Rm 14.5); é ir atrás do credor pedindo para se endividar novamente (Cl 2.14-17);

2) Realmente o Novo Testamento registra importantes eventos ocorridos no primeiro dia da semana:
a) Ressurreição do Senhor Jesus: Marcos 16:9 / Mateus 28:1 / Marcos 16:2 / Lucas 24:1 / João 20:1;
b) Aparição de Jesus pós-ressurreição: João 20:19;
c) A reunião da Igreja para partir pão (Atos 20:7) e ofertar aos necessitados (1 Coríntios 16:2);
d) O arrebatamento de João (Ap 1.10).
Porém, se é para levarmos em conta somente a frequência de determinado evento como critério de se estabelecer um mandamento, vamos estar em contradição, pois, há muito mais ocorrência ministeriais de Jesus e da igreja primitiva aos sábados que aos domingos (Lucas 13:10; Mateus 12:8; Mateus 24:20; Marcos 2:28; Marcos 16:1; Lucas 6:5; Lucas 23:54; Lucas 4:31; João 5:16; Marcos 1:21; Marcos 2:23 Marcos 2:24 Marcos 3:2 Marcos 15:42 Lucas 6:1 Lucas 14:1 Lucas 23:56 João 5:9 João 7:22 Marcos 2:27 Lucas 13:14 João 7:23 João 19:31 Mateus 12:5 Mateus 12:1 Mateus 12:11 Mateus 28:1 Lucas 4:16 Lucas 6:6 Lucas 13:15 Lucas 13:16 Lucas 14:3 Lucas 14:5 João 5:10 João 9:14 Lucas 6:2 Lucas 6:7 Marcos 6:2.João 9:16 Lucas 6:9 João 5:18.Marcos 3:4 Mateus 12:10.Mateus 12:12; Atos 13:14 / Atos 13:44 /Atos 13:42 /Atos 16:13);

3) Não há no novo testamento nenhuma ordenança, nem de Jesus ou por parte dos apóstolos, quanto a guarda um dia da semana, seja sábado ou domingo. É tanto que, ao término do concílio de Jerusalém, isso nem foi levado em consideração: “Na verdade pareceu bem ao Espírito Santo e a nós, não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias: Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da prostituição, das quais coisas bem fazeis se vos guardardes. Bem vos vá.” (Atos 15:28-29);

4) Preocupo-me também com as origens dessa insinuação da “guarda de um dia”, uma vez que: “Assim nos ensina o Catecismo da Igreja católica: §2177 A celebração dominical do Dia e da Eucaristia do Senhor está no coração da vida da Igreja. "O domingo, dia em que por tradição apostólica se celebra o Mistério Pascal, deve ser guardado em toda a Igreja como dia de festa de preceito por excelência.""Devem ser guardados igualmente o dia do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo, da Epifania, da Ascensão e do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, de Santa Maria, Mãe de Deus, de sua Imaculada Conceição e Assunção, de São José, dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo e, por fim, de Todos os Santos." (http://vocacionadosdedeusemaria.blogspot.com/2009/01/guardar-domingos-e-dias-de-festa.html - acessado em 08/12/11);

5) Assim como houve uma grande distorção quanto ao propósito da guarda do sábado para os judeus, até que ponto essa sorrateira proposta de guarda do domingo não se tornará mais uma pedra de tropeço legalista, que mais nos afastará de Deus e do exercício do amor ao próximo, conforme Mateus 12.1-15?;

6) Agora, absurdo mesmo é o comentário da Bíblia pentecostal: “…o dia de adoração (o domingo) é um sinal de que este [o povo de Deus] pertence a Cristo”. Resumindo: se eu não guardar o domingo, não pertenço a Cristo!
Ora, pensava que o sinal de pertencimento a Cristo fosse o fato D’ele ter nos comprado com seu precioso sangue (I Pe 1.18,19; Ap 5.9), de sermos selados com o Espírito Santo da promesa (Ef 1.13,14) e de sermos sustentados pelo seu grande amor (Rm 8.37-39).
Paulo diz:
“Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente seguro em sua própria mente. Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz e o que não faz caso do dia para o Senhor o não faz. O que come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e o que não come, para o Senhor não come, e dá graças a Deus. Porque nenhum de nós vive para si, e nenhum morre para si. Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, ou vivamos ou morramos, somos do Senhor. Porque foi para isto que morreu Cristo, e ressurgiu, e tornou a viver, para ser Senhor, tanto dos mortos, como dos vivos.” (Romanos 14:5-9).
E ainda:
Guardais dias, e meses, e tempos, e anos. Receio de vós, que não haja trabalhado em vão para convosco. (Gálatas 4:10-11)
7) A verdadeira adoração não é limitada ao lugar (Jo 4.21-24) ou ao dia (Sl 145.2). Na verdade, “hoje, se ouvirdes a sua voz, Não endureçais os vossos corações” (Hebreus 4:7).

Amados, tomemos cuidado com propostas “as quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade, e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum senão para a satisfação da carne.” (Colossenses 2:23). “Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo. Porque em Cristo Jesus nem a circuncisão, nem a incircuncisão tem virtude alguma, mas sim o ser uma nova criatura.” (Gálatas 6:14-15).

Em Cristo,
Pr. Ronaldo Lucena.

4 de nov. de 2011

Ações de Deus nos bastidores da vida

Numa exposição de pinturas abstratas, um visitante curioso estava absorto a contemplar uma das telas, onde uma anotação no cavalete trazia o desafio para se encontrar ali a face de Abraão Lincoln. Ele olhou fixamente para a pintura por um longo tempo, observando-a bem de perto e de diferentes ângulos. Um pouco confuso, pensou resignadamente que não havia nenhum Abraão Lincoln na tela, e rumou para a saída.

Contudo, já à porta, por mera curiosidade, se virou para uma última olhada. Então pôde ver, à distância de 30 metros, a figura imponente que se sobressaía. A face de Lincoln enchia a tela, mas não podia ser vista claramente quando demasiadamente próximo, apenas quando tinha distância e perspectiva corretas.

Assim é a vida. Vez por outra, as circunstâncias que nos envolvem podem ser tão confusas como aquela pintura abstrata. Nessas horas, a vida parece perder o sentido ou não ter propósito, como se tudo corresse a esmo e não seguisse padrão algum. Em ocasiões assim, ganha força e visibilidade a teoria de que a vida é um mero acaso, que não há propósito algum no universo, que Deus não existe, que tudo acaba depois da morte.

Como crer de modo diferente, quando seu cônjuge deixou-lhe por outra pessoa? Ou quando seu emprego de muitos anos acabou devido a um corte de custos na empresa? Ou quando seu filho foi apanhado usando drogas?

Como pensar diferente, quando o médico lhe diz que o câncer é terminal? Como pensar que há algum comando divino no mundo, quando a violência gratuita e insana lhe rouba um ente querido? Como crer, quando você fez um mau investimento que resultou na perda das economias de toda uma vida?

Embora na maioria das vezes não se possa ver, a Bíblia diz que há um padrão em algum lugar na pintura de nossa vida. O que geralmente ocorre é que podemos estar demasiadamente perto do quadro para percebê-lo. Devemos estar olhando em demasia para a lesão e não podemos ver a cura; talvez estejamos dando atenção demasiada ao dano para podermos perceber a solução.

Um dos maiores problemas que temos de enfrentar diz respeito à nossa concepção de Deus, que frequentemente se torna distorcida quando estamos em crise. Somos tão imediatistas, que se Deus não vem logo nos ajudar, falsamente supomos que Ele é injusto, ou simplesmente está alheio ao que nos acontece.

Quando percebemos só o imediato e deixamos de ver o todo, a nossa fé terá uma expressão deficiente. Assim, devemos contemplar o que está acontecendo conosco ou à nossa volta, sem jamais perder de vista a totalidade do propósito de Deus que está em andamento. Se cremos que Deus está no controle da História e das situações que enfrentamos na vida, em contrapartida devemos crer também que Ele dará a última palavra a nosso respeito. Uma fé sem essa dupla característica não estará completa.

Veja o exemplo de Moisés, que passou 40 anos como fugitivo no deserto. Isto era o acontecimento imediato; mas Deus estava dando seguimento ao plano de preparação de um líder para libertar o Seu povo do cativeiro egípcio. Observe o caso de José, cujos irmãos o venderam como escravo. Isto era o acontecimento imediato. Porém, através dessa traição familiar, o que estava em andamento era o plano de Deus de salvar não somente a sua família, mas também as nações circunvizinhas ao Egito.

Mesmo nas situações causadas por nossos próprios erros, Deus pode fazer brotar algo de bom, pois está escrito que “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8.28). É por isso que, a despeito do detestável pecado cometido por Davi, depois de seu arrependimento, Deus permitiu-lhe inspiração para escrever e deixar abençoados Salmos para a posteridade.

Talvez você esteja sendo perseguido. Lembre-se de Estevão, que foi apedrejado até a morte, sem deixar de ver que Deus estava levantando o apóstolo Paulo para um poderoso ministério. Lembre-se que, embora o governo romano tenha exilado João na Ilha de Patmos, daquela situação Deus fez fluir em livro a revelação do Apocalipse.

Por fim, olhe o exemplo de Jesus. Enquanto Ele sofria uma morte violenta, o que estava em andamento era o plano eterno de Deus para a salvação de todo aquele que crê.

Não é diferente com os demais filhos de Deus. O que está acontecendo nos bastidores da sua existência pode ter um resultado glorioso, se você guardar a fé e andar com Deus, até que Ele conclua os Seus propósitos na sua vida.

Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém
E-mail: samuelcamara@boasnovas.tv

17 de ago. de 2011

Um esforço sincero

É comprovado que uma pessoa com grande paixão e poucas habilidades sempre supera aqueles que têm grandes habilidades, mas sem paixão.

A Excelência não é um acidente, é o resultado de:

1) tomar boas decisões.
2) executar algo de maneir habilidosa.
3) é o resultado de um esforço sincero.

E é neste terceiro e último princípio que eu quero expor este artigo.

Como o apóstolo Paulo, que apesar de todas as suas realizações, ainda olhava para o futuro tentando alcançar a excelência.

"Irmãos, eu não me considero ser perfeito, mas uma coisa faço:. Esquecendo do que fica para trás e avançando para o que está à frente" (Filipenses 3:13).

Assim, em sua vida, se você quer melhorar, avançar e alcançar a excelência, você deve assumir a responsabilidade por seu crescimento e não depender das circunstâncias ou outras pessoas para se desenvolver e chegar a isso, você precisa fazer permanentemente, constantemente, um esforço sincero. Por que sincero? Porque o esforço deve ser real e verdadeiro, e não dizer que você se esforçou, quando na verdade você sabe muito bem que não deu o melhor de si. Talvez tenha perdido a força, entusiasmo, paixão ... você se sente fraco e não conseguem alcançar seus objetivos, porque você não sabe o quão próximo você está para o sucesso cada vez que você desista, se você só tinha tentado uma vez mais, com certeza a sua história hoje seria diferente.

Em 2 tim.1: 6 Paulo diz a Timóteo para acender o fogo do seu dom, possivelmente o fogo estava a morrer na vida deste jovem e incentivo necessário para continuar a desenvolver o seu ministério, o interessante é que Timóteo era um pastor uma igreja, isso significa que você pode ter anos de fiéis, Você pode ser um líder dentro de sua igreja, talvez existam pessoas que dependem de você e muitos vêem como um forte, dinâmica, mas por alguma razão a sua realidade interior é diferente e você se sentir esgotado, cansado e custos em movimento.

O problema da fadiga física geralmente é resolvido por ter um bom descanso, dormir algumas horas ininterruptas para recuperar as energias perdidas após um longo dia de trabalho, mas o cansaço emocional, mental e espiritual não funciona algumas horas de sono. Há pessoas que se sentir cansado, cansado, e alguns deles tomam drogas para relaxar, mas quando acordou depois de dormir muitas horas e até dias, são iguais ou mais cansado do que antes, porque o problema não é físico, mas espiritual

A corda da guitarra soltos, perderam a tensão e não pode produzir qualquer música, deshafilada lâmina de uma faca que perdeu a capacidade de cortar ou de um veículo com um motor potente, mas ficou sem combustível é a imagem que representa alguns de vocês lendo, sonhadores grande que definir metas, tomou decisões, que enfrentaram problemas, mas hoje me falta entusiasmo ou perdeu pouco entusiasmo que eles tinham.

Um exemplo de determinação e entusiasmo
Ele foi nomeado o número um homem do milênio.
1093 foi o número de coisas que invento.
Obtido mais patentes para invenções que mais ninguém no mundo.
Por 66 anos consecutivos receberam pelo menos uma patente por ano e acredito que um laboratório de pesquisa moderna.
O que foi esse homem? Thomas Edison. Ele foi considerado um gênio criativo, mas não penso assim, ele disse que "o segredo é 1% inspiração e 99% transpiração."

Esforço sincero que é a chave ...
A única maneira de fazer um esforço sincero está à deriva pela paixão e entusiasmo.
Quando temos uma paixão pelo que fazemos e solte o entusiasmo, estamos ativando um sucesso gerador de energia impressionante. Paixão e entusiasmo são os nutrientes que alimentam a sua força e com força renovada, provavelmente, será uma mais dedicados e produtivos

Deus nos criou para que quando algo gira em torno da alma, as impossibilidades desaparecem, o fogo de Deus em seu coração queimando sua vida para um nível superior, para que as pessoas apaixonadas é tão eficaz, se verificar que uma pessoa com grande paixão e poucas habilidades sempre supera aqueles que têm grandes habilidades, mas sem paixão. Como um pequeno fogo produz pouco calor, desejos fracos trazer resultados fracos, mais forte o seu desejo, o fogo, o maior entusiasmo a sua e quanto maior sua chance de sucesso.

Para renovar a paixão e emoção que você precisa:

1. Ter um relacionamento saudável com Deus
Deus é a força que você precisa todos os dias para enfrentar qualquer desafio. Ele dá força ao cansado, e aumenta o poder que não tem, e se o seu relacionamento com Deus está danificado ou partido, hoje é o dia para restaurá-lo de volta para Deus e começar de novo, sempre dá-lhe outra chance.

2. Você tem que enfrentar seus medos
Talvez o medo é o que paralisa, porque o medo é o maior assassino de todos os seus sonhos, mas se você tiver restaurado o seu relacionamento com Deus não precisa se preocupar. Coloque em seus pés todos os seus medos, porque Deus lhe deu um espírito de amor, poder e auto-controle.

3. Você tem que se cercar de pessoas que acenderam o fogo do seu entusiasmo
Se ao teu lado há pessoas negativas, depressivas, que sempre vêem o negativo, é muito difícil de manter ou recuperar o entusiasmo; se você perdeu o fogo do entusiasmo, chegue perto de alguém que possa te transformar, te contagiar. Você precisa de um Paulo para encorajá-lo e dizer: "... não desista, com Deus ao seu lado, você tem garantido a vitória. Com Deus tudo é possível ..."

Por Mario Serrano
http://www.avanzapormas.com/devocionales-cristianos-2011/un-esfuerzo-sincero.html

Traduzido por: Ronaldo Lucena

Ananias e Safira foram condenados por não dar o dízimo?

A igreja primitiva em Jerusalém se mostrou generosa. Encontrou-se, no meio da igreja, um bom número de irmãos necessitados. Para suprir as necessidades desses santos, os irmãos fizeram grandes sacrifícios e ofereceram seu próprio dinheiro. Alguns, como Barnabé, venderam propriedades e doaram o dinheiro recebido (Atos 4:36-37).

A atitude louvável de discípulos como Barnabé apresentou uma tentação para irmãos carnais, como o casal Ananias e Safira. Eles também venderam uma propriedade para fazer uma contribuição à igreja. Mas no dia em que levaram sua oferta aos apóstolos, foram condenados e caíram mortos. Hoje, alguns líderes religiosos citam esse caso para exigir o dízimo, sugerindo que Ananias e sua mulher foram castigados por não dar o dízimo. Foi esse o motivo da morte deles?

Perguntas bíblicas merecem respostas bíblicas. Devemos primeiro ler o texto (Atos 5:1-11) para entender o pecado desse casal. Estes versículos nem mencionam o dízimo! Pregadores modernos que querem obrigar as pessoas a dar o dízimo não encontram nenhum apoio neste trecho.

Se Deus não exigiu o dízimo dos cristãos primitivos, qual foi o motivo de sua ira contra Ananias e Safira? A resposta se encontra nos versículos 3 e 4 – mentiram ao Senhor! Eles venderam um terreno e afirmaram que ofertaram o valor total da venda para ajudar os irmãos pobres. Eles queriam parecer pessoas generosas, mas, ao mesmo tempo, queriam ficar com uma parte do dinheiro. Decidiram mentir, dizendo que sua oferta foi o valor integral da venda do terreno.

Deus não obrigou ninguém a vender terras ou a dar o valor total de suas propriedades. Pedro reconheceu o direito de Ananias e Safira de ficar com o seu terreno: “Conservando-o, porventura, não seria teu?” (5:4). Uma vez que decidiram vender, não foram obrigados a doar o valor total. Pedro acrescentou: “E, vendido, não estaria em teu poder?” (5:4).

Ananias e Safira queriam o “crédito” por uma doação generosa, sem o sacrifício de perder todo o valor do terreno. Mentiram aos homens, e Deus cobrou!

O Novo Testamento, a aliança que governa os homens nos dias atuais, não exige que todos doem 100% de suas posses, e nem estipula 10% (o dízimo) como oferta obrigatória. Devemos contribuir ao trabalho do reino de Deus conforme a nossa prosperidade (1 Coríntios 16:2), com alegria e sinceridade (2 Coríntios 8:8; 9:7), segundo proposto no coração (2 Coríntios 9:7), com generosidade (2 Coríntios 9:11) e com um espírito de sacrifício (2 Coríntios 8:5; Filipenses 4:18).

Seguindo esses princípios, muitos discípulos de Cristo darão até mais de 10% de sua renda, mas farão as suas ofertas com alegria e por livre vontade, não pela imposição de exigências humanas. Cristãos verdadeiros que fazem parte de igrejas dedicadas ao Senhor terão prazer em participar do trabalho de Deus.

Fonte: Dennis Allan em Estudos da Bíblia
http://kdjesus.blogspot.com/2011/08/ananias-e-safira-foram-condenados-por.html

1 de ago. de 2011

O SENHOR é o meu pastor, nada me faltará.

Este é provavelmente um dos textos bíblicos mais famosos. Quem nunca o viu numa cena de um filme, ou leu num quadro, ou ouviu uma pregação sobre este Salmo 23, o salmo do Pastor? Mas, você conhece o Pastor do Salmo 23?

Este cântico do Rei Davi nos faz refletir sobre a estreita relação entre ele e o seu Deus. Não é apenas um louvor como mais um elemento numa liturgia religiosa. Muito menos um culto a um Deus impessoal, transcedente e distante da realidade do adorador. Ele não estava cultuando um "deus desconhecido" (At 17.23), muito menos adorando algo que "não conhecia" (Jo 4.22). Davi o chama de SENHOR (JEOVÁ). Não era uma divindade a mais dentre tantas. "Por isso Davi louvou ao SENHOR na presença de toda a congregação; e disse Davi: Bendito és tu, SENHOR Deus de Israel, nosso pai, de eternidade em eternidade. Tua é, SENHOR, a magnificência, e o poder, e a honra, e a vitória, e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu é, SENHOR, o reino, e tu te exaltaste por cabeça sobre todos. E riquezas e glória vêm de diante de ti, e tu dominas sobre tudo, e na tua mão há força e poder; e na tua mão está o engrandecer e o dar força a tudo" (I Cr 29.10-12). E é a esse eterno, magnificente, poderoso, digno de honra, vitorioso, majestoso, exaltado, rico, glorioso, dominador, que Davi diz: "O SENHOR é o meu pastor".

Davi havia crescido na roça, num ambiente totalmente rural. Cuidar, alimentar, proteger, conhecer, conduzir as ovelhas eram atividades pastorais que ele aprendeu e exerceu desde pequeno. E agora, o Espírito de Deus, o inspira a experimentar a mesma relação com seu Deus:
"O SENHOR é o meu pastor, nada me faltará. Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranqüilas. Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome.Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam. Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda. Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na casa do SENHOR por longos dias."

Por que você se sente vazio, se nada te faltará?
Por que você está cansado, se há pastos verdejantes?
Por que sua alma está aflita, se há águas tranquilas?
Por que a inquietude, se Ele te guia pelas veredas da justiça?
Por que você teme o mal, se Ele está contigo?
Por que você vive desorientado, se a Sua vara e Seu cajado te consolam?
Por que o inimigo te incomoda, se há um banquete, uma unção e um cálice transbordantes para você?
Por que viver uma vida ansiosa, se a bondade e a misericórdia te seguirão todos os dias da tua vida?
Por que te deter nas tendas da perversidade, se você habitará na casa do teu Pastor por toda a eternidade?

Jesus disse: "Eu sou o bom pastor; o bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas"..."conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem"..."As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu as conheço, e elas me seguem; eu lhes dou a vida eterna, e jamais perecerão; e ninguém as arrebatará da minha mão" (Jo 10.11,14,27,28).

E então, vai continuar do lado de fora, somente contemplando o pasto verdejante?
Entra no aprisco, vem!

Em Cristo,
Pr. Ronaldo Lucena

18 de jun. de 2011

QUANTO CUSTA?

"Bem-aventurados sois quando,por minha causa, vos injuriarem ,e os perseguirem...
Regozijai-vos e exultai , porque é grande o vosso galardão nos céus..." Mateus 5.11 e 12

Quando nossa irmã Vera, de Iemberem, escreveu o relato abaixo, ainda não sabia que "temporais" se proximavam e não de chuvas mas de injúrias e perseguição.
Há quase sete anos, uma ONG(com recursos de paises europeus) construiu um centro de saúde e o entregou a comunidade de Iemberem. Não havia, no entanto, profissionais de saúde e pediram ajuda de nossa equipe. A Vera, com a autorização do Ministério da Saúde, salvou muitas vidas, sem nenhuma remuneração. Como o local não apresenta mais condições de ser usado e as exigências já ultrapassavam a intenção(socorro) e capacidade aceitável, não foi mais possivel continuar...
...Mas, alguns do povo, motivados não sabemos por quem, perdendo suas "glórias" com o uso do pequeno hospital, uma vez que não dispõe de profissionais que queiram trabalhar nestas condições, levantaram, com fúria, calúnias e uma perseguição a todos ligados a Missão Evangélica...Tem sido um desafio enorme para Jorge e Vera verem seus "filhos africanos" serem presos, amarrados com cordas de nylon fina, ao ponto de penetrar na pele, maltratados, até com agressões físicas e continuar ensinando o perdão e compaixão...são aulas práticas, com lágrimas e clamor!...
...Ao falar com um dos moços agredido, sua resposta foi:"Fica tranquila, eu sei que meu Jesus VIVE!" É um enorme consolo! Você se dispõe a nos ajudar em oração e sustento?

‘’QUANTO CUSTA?’’

A pergunta emocionante da vovó N’Tain (“Quanto custa para que eu também possa morar no Céu?”) me emocionou, primeiramente, por lembrar, mais uma vez, do quanto custou a minha salvação ao amado JESUS. Depois, porque o precioso Espirito Santo revelou ao coração da idosa, que nunca, antes, ouvira o Evangelho, que ela também precisa deste valioso tesouro. E ela está disposta a dar TUDO por Ele, abandonar tudo o que não Lhe agrada e segui-Lo. E este “tudo” para uma ancia (quase 100 anos), animista desde o berço, é, realmente, MUITO. Por favor, ore por ela, porque, assim como vovó Blone (do batismo anterior), é deficiente auditiva. Também porque um idoso que renuncia seus costumes e rituais pagãos se torna alvo ainda maior do desprezo de sua familia e grupo étnico. Confiamos, então, que “... Aquele que começou nelas e em Sua igreja a boa obra há de completá-la...”(Fp.1:6). Ore também por todos os discípulos, para que tenham forças para vencer o mal e saibam “negar a si mesmos, tomar a cruz e seguir JESUS”(Mt.16:24), independentemente do peso da mesma. Você e eu sabemos que, nem sempre isso é fácil, e, por isso, tantas vezes, clamamos e choramos diante do Pai por eles, para que nenhum se perca. Eles são o âmago de nossa vida e ministério. Pensando no valor de cada um que passa pelo nosso caminho (“...que dará o homem em troca de sua alma?”Mt.16:26), sentimos nossas forças renovadas para IR. Queremos agradecer por suas orações e apoio financeiro; obrigado por permitir que o SENHOR o use para nos abençoar. Sem dúvida, lá no Céu, você partilhará conosco do gozo de ver tantos olhos brilhantes de gratidão...porque você não “passou de largo”!

Louvamos a DEUS pela vida de nossa filha Sara, que, no dia 22 maio , completou 15 anos. Ela é um presente especial do SENHOR, e, como Tiago, nos ajuda muito nas atividades do dia-a-dia e no ministério. Inclusive, tem um carinho especial por um grupo de crianças que ela mesma evangelizou e vai até elas semanalmente (uns 9 km).

Agradecemos, também, a DEUS porque, apesar dos 6 meses e meio sem chuva, nosso poço não secou(muitos secam e algumas aldeias ficam sem água). Conseguimos até cultivar algumas hortaliças, que não há na região.

Enfim, DEUS tem sido muito gracioso conosco a cada novo dia.
Abraços cheios de amor e saudade,

Jorge, família e Igreja em Iemberem.

Missão "A fim de Proclamar"
Doações: Bradesco -ag 3115-1, c/c 1070-7

Em nome da equipe A Fim , Ingrid Hort

27 de mai. de 2011

Alerta à Nação Brasileira

Um dos papeis da Igreja na sociedade é ser uma consciência profética capaz de ajudar a cada ser humano (entendido como um indivíduo livre e competente diante de Deus e dos homens, vivendo em uma sociedade pluralista) a discernir valores essenciais que norteiam os relacionamentos em todas as suas dimensões.

É nesse contexto que os batistas – integrantes de uma denominação cristã que, ao longo de toda a sua história, defende a liberdade religiosa, de consciência e de expressão – se manifestam para alertar sobre os perigos que a sociedade brasileira corre diante das novas conjunturas sociais aprovadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e que estão sendo propaladas por leis que tramitam no Congresso Nacional e por ações promovidas pelo Executivo.

Assim, alertamos para o perigo:

• De construir uma sociedade em que a legalidade pode ser estabelecida pelos interesses políticos e inclinações pessoais, como ocorreu no caso da releitura contraditória feita pelo STF do artigo 226 da Constituição Federal. O artigo diz:

“Art 226 - A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
(...)
§3o – Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.
§4o – Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes.
§5o – Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher.

Quando uma casa que tem como principal missão defender a Constituição a rasga, corremos o perigo de viver um Estado jurídico de exceção, ao qual a nação brasileira não deseja retroceder.

• De destruir o conceito de família (que não é só cristão, mas universal e multicultural) para reconstruí-lo sob a égide somente da afetividade e não em toda a dimensão de suas funcionalidades como base da sociedade.
• De criar uma sociedade em que os valores essenciais são relativizados, pois onde tudo é relativo nada sobra para apoiar os alicerces do nosso futuro.
• De viver em uma sociedade que abandona os valores divinos revelados nas Escrituras Sagradas, pois a História, desde os tempos bíblicos, têm demonstrado que sociedades que abandonaram os valores mais elementares implodiram por perderem os seus pilares sustentadores – ainda que tenham sido, em algum momento, grandes potências no contexto universal.

Tais atitudes nada mais são do que a iniqüidade institucionalizada. Assim, conclamamos a sociedade brasileira a continuar mostrando que existem opiniões divergentes. Sem discriminação e com respeito a cada indivíduo, tais manifestações visam a defesa de valores pessoais e sociais, com integridade. Somente quando todos os segmentos da sociedade se expressam é que as forças políticas de nossa nação se sensibilizam para obviedade dos valores essenciais, como no caso recente da decisão de nossa presidente, Dilma Rousseff, ao impedir a distribuição do chamado “kit contra a homofobia ” nas escolas públicas.

Curitiba, 27 de maio de 2011

Pr. Paschoal Piragine Jr.
Presidente da Convenção Batista Brasileira.

Fonte: http://www.batistas.com

Por que o PLC 122 é inconstitucional?

Antes de fazer qualquer comentário, é importante frisar que uma coisa é criticar conduta, outra é discriminar pessoas. No Brasil, pode-se criticar o Presidente da República, o Judiciário, o Legislativo, os católicos, os evangélicos, mas, se criticamos a prática homossexual, logo somos rotulados de homofóbicos. Na verdade, o PL-122 é contra o artigo 5º da Constituição, porque o projeto de lei quer criminalizar a opinião, bem como a liberdade religiosa.

Vejamos alguns artigos deste PL:

Artigo 1º: Serão punidos na forma desta lei os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, procedência nacional, gênero, sexo, orientação sexual, identidade de gêneros.

Comentário: Eles tentam se escorar na questão de raça e religião para se beneficiar. O perigo do artigo 1º é a livre orientação sexual. Esta é a primeira porta para a pedofilia. É bom ressaltar que o homossexualismo é comportamental, ninguém nasce homossexual; este é um comportamento como tantos outros do ser humano.

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Artigo 4º:Praticar o empregador, ou seu preposto, atos de dispensa direta ou indireta. Pena: reclusão de 2 a 5 anos.

Comentário: Não serão os pais que vão determinar a educação dos filhos — porque se os pais descobrirem que a babá dos seus filhos é homossexual, e eles não quiserem que seus filhos sejam orientados por um homossexual, poderão ir para a cadeia.

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Artigo 8º-A: Impedir ou restringir a expressão e a manifestação de afetividade em locais públicos ou privados abertos ao público, em virtude das características previstas no artigo 1º desta lei. Pena: reclusão de dois a cinco anos.

Comentário: Isto significa dizer que se um pastor, ou padre, ou diretor de escola — que por questões de princípios — não queira que no pátio da igreja, ou escola haja manifestações de afetividade, irão para a cadeia.

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Artigo 8º-B: Proibir a livre expressão e manifestação de afetividade do cidadão homossexual, bissexual ou transgênero, sendo estas expressões e manifestações permitidas aos demais cidadãos ou cidadãs. Pena: reclusão de dois a cinco anos.

Comentário: O princípio do comentário é o mesmo que o do anterior, com um agravante: a preferência agora é dos homossexuais; nós, míseros heterossexuais, podemos também ter direito à livre expressão, depois que é garantida aos homossexuais. O parágrafo do artigo que vamos comentar a seguir "constituiu efeito de condenação".

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Artigo 16º, parágrafo 5ª:O disposto neste artigo envolve a prática de qualquer tipo de ação violenta, constrangedora, intimidatória ou vexatória, de ordem moral, ética, filosófica ou psicológica.

Comentário: Aqui está o ápice do absurdo: o que é ação constrangedora, intimidatória, de ordem moral, ética, filosófica e psicológica? Com este parágrafo a Bíblia vira um livro homofóbico, pois qualquer homossexual poderá reivindicar que se sente constrangido, intimidado pelos capítulos da Bíblia que condenam a prática homossexual. É a ditadura da minoria querendo colocar a mordaça na maioria. O Brasil é formado por 90% de cristãos. Não queremos impedir ou cercear ninguém que tenha a prática homossexual, mas não pode haver lei que impeça a liberdade de expressão e religiosa que são garantidas no Artigo 5º da Constituição brasileira. Para qualquer violência que se cometa contra o homossexual está prevista, em lei, reparação a ele; bem como assim está para os heterossexuais. A PL-122 não tem nada a ver com a defesa do homossexual, mas, sim, quer criminalizar os contrários à prática homossexual — e fazem isso escorados na questão do racismo e da religião.

Pr. Silas Malafaia
Fonte: http://www.vitoriaemcristo.org/_gutenweb/_site/hotsite/pl-122/

17 de mai. de 2011

Stephen Hawking: "Não há céu nem vida após a morte"

O astrofísico norte-americano Stephen Hawking, de 69 anos, afirmou em entrevista à edição desta segunda-feira do diário inglês The Guardian que a vida após a morte não passa de um “conto de fadas” para pessoas com medo de morrer...Eu considero o cérebro como um computador que vai parar de trabalhar quando seus componentes falharem. Não há céu nem vida após a morte para computadores quebrados, isto é um conto de fadas para as pessoas com medo do escuro – disse ao jornal britânico...Nos anos 80, Hawking dizia que uma teoria do tudo, a qual Einstein buscava e que poderia explicar todas as forças e partículas do Universo, seria o que levaria o homem a “conhecer a mente de Deus”. Agora, o astrofísico descarta a vida após a morte e diz que devemos focar nosso potencial na Terra fazendo bom uso de nossas vidas. (Fonte:http://correiodobrasil.com.br/hawking-vida-apos-a-morte-e-conto-de-fadas-para-quem-tem-medo/240620/) - Correio do Brasil, nº 4154, de 17/05/11.

Para quem nunca esteve do lado de lá, e que aqui vive totalmente aprisionado pela realidade física, material e temporal, não teria bom senso em dar palpite quanto este assunto. Mas todos tem o direito de errar. Que visão curta, pra não chamar de ignorância, comparar o ser humano (obra prima de Deus) com uma máquina. Jamais um computador chegará à inteligência, à cognitividade, à criatividade, à emotividade ou a qual outra característica peculiar de um ser humano. Fosse assim, o próprio Hawking já teria trocado algum "hardware" defeituoso do seu corpo ou feito um update de seu cérebro.

Parece que a teoria M (sobre surgimento do Universo/homem) vai ser resumida assim: O homem evoluiu do macaco e virou um computador!!!

Como diz a Bíblia: "Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos." (Romanos 1:22)

9 de mai. de 2011

Joquebede - uma mãe corajosa.

Cerca de 1500 a.C., no Egito, o povo de Israel vivia escravizado sob o império de Faraó (provavelmente Tutmose I). No entanto, "quanto mais os aflingiam tanto mais se multiplicavam" (Ex 1.11). Então, Faráo, temendo o fortalecimento do povo de Deus e uma possível rebelião (Ex 1.9,10), decretou um infanticídio sistemático (Ex 1.15-22).

Surge então a figura de uma mãe, Joquebede, que tendo um filho, ainda conseguiu escondê-lo por 3 meses dos autrozes assassinos (Exodo 2).
E agora? A cada dia fica mais difícil esconder a criança. Na verdade já havia sido um milagre guardá-la durante esse tempo. Joquebede provavelmente se deparou diante de vários dilemas. Ela já tinha 2 filhos, Arão e Mirian. Quem sabe alguém até a aconselhou a entregar ou abandonar o menimo. Porém, Joquebede era israelita (princesa de Deus) e esposa de um levita (adorador do Senhor). Ela confiava no Deus de Abraão, Isaque e Jacó.
Assim, ela toma uma decisão de fé e de coragem, porque colocara o menino num cesto para descer o Rio Nilo cheio de hipopótamos e crocodilos (http://ciencia.hsw.uol.com.br/rio-nilo3.htm), enquanto Mirian observava aonde o cesto chegaria, mostrando que sua atitude não foi a de uma mão "desnaturada" abandonando o filho, mas, de uma atitude de plena confiança na providência divina. Confiança essa comprovada pelos fatos a seguir: o cesto chega às margens do palácio real, onde a filha de Faraó se banhava. Mirian, penetrando entre as servas, se dispõe a encontram um ama para cuidar do menino. Maravilhosamente é a própria Joquebedeque quem cria o garoto e ainda com salário pago pela filha de Faráo, aleluia!!! E somente quando o menino fica grande é oficialmente adotado pela filha de Faraó.

Porém, Joquebede não estava frustrada. Deus guardou seu filho da morte, lhe permitiu criá-lo nos caminhos do Senhor e com as melhores condições da época, e agora seu filho vai morar no palácio de Rei, ser um prícipe do Egito. Como se já não bastasse, 80 anos depois, ele será escolhido por Deus para voltar para seu povo, ser o libertador de Israel e tornar-se um dos maiores líderes da história da humanidade: Moisés.

Imagine agora se Joquebede simplesmente abortasse a Moisés por receio de não poder criá-lo diante de circustâncias tão desumanas e opressoras.
E se depois dos 3 meses ela friamente o abandonasse completamente sem provêr quem cuidasse dele?

Como nos tempos de Moisés, há um sistema satânico que continua ameaçando o futuro de nossas crianças. Que Deus levante corajosas "Joquebedes" para confrontar esta triste realidade pelo poder da fé.

Pr. Ronaldo Lucena
(um filho grato à Deus por sua mamãe Norma)

17 de fev. de 2011

Decrescendo da Graça - Parte 1

"Paulo, cheio do Espírito Santo...disse: filho do diabo, cheio de todo o engano e de toda a malícia, inimigo de toda a justiça, não cessarás de perturbar os retos caminhos do Senhor?" (At 13.10).

Infelizmente você já deve ter ouvido falar do Dr. José Luis De Jesús Miranda, Ministério Internacional "Cresciendo en Gracia". Na verdade, um título mais adequado a este "ministério" seria "decrescendo da graça".

Em seu artigo “COMO ESTÁS VIVENDO: ANTES OU DESPOIS DA CRUZ?” (http://www.cegbrasil.com/despoisdacruz/), o Dr. JLJM explana suas aberrações doutrinárias. Rasgando toda a exegese de Gálatas 2:7, ele supostamente afirma que “A Bíblia estabelece que há dois evangelhos: o da circuncisão, que é a lei de Moisés, para os judeus e o da incircuncisão, a graça, para nós os gentios”. E para tal se utiliza algumas passagens bíblicas que são neotestamentárias e apostólicas, totalmente isoladas de seu contexto (típico de hereges e falsos profetas), supondo que estas tratam de assuntos referentes à Lei de Moisés (o “Antes da Cruz”). Confusamente, ao tentar propor uma distinção entre os “evangelho de Pedro” (1 Pe. 5:8; 2 Pe. 3:12) e o “evangelho de Paulo”, ele inclui no grupo de Pedro: a Tiago (Tg 2:24), João (I Jo 2:1,6), Lucas – um gentio (Atos 2:38), e o próprio Paulo (II Ts 2.11). Tendo a audácia demoníaca de sugerir que imitar a Jesus Cristo seria um rudimento característico da Lei, ou seja, sem validade ou utilidade para nós hoje que vivemos na Graça concedida em Jesus Cristo, o justo (I Jo 2.1).
E não para por aí. Quando expõe sobre o “evangelho de Paulo”, o Dr. JLJM, salienta os seguintes pontos: “Se vêem mortos ao pecado (Rm. 6:2); Sabem que o diabo foi destruído (Hb. 2:14); Tem deixado os rudimentos da doutrina de Cristo, vão adiante a perfeição (Hb. 6:1, Col. 2:20); Estão justificados por fé, sem as obras da lei (Rm. 3:28); São do Outro, do ressuscitado (Rm. 7:4, 2 Co. 5:16); Entendem o poder do Evangelho (Rm. 1:16, 2 Co. 12:9); Estão desfrutando a chegada do Senhor sem relação com o pecado (He. 9:26)”.

É isso que você leu mesmo. Esse enganador prega:
a) que o diabo não existe baseando-se apenas em Hb 2.14 e anulando todo o restante do N.T. que fala sobre a contínua ação de satanás (At 10.38; 13.10; II Co 6.15; Ef 4,.27; 6.11; I Ts 3.5; I Tm 3.6,7; II Tm 2.26; Tg 4.7; I Pe 5.8,9; I Jo 3.8,10; Ap 12.9,10,12.). Na Cruz, Jesus se manifestou para desfazer as obras do diabo (I Jo 3.8) e aniquilar o imperador da morte (Hb 2.14). É certo que o diabo não nos toca (I Jo 5.19), mas devemos desistir-lhe (Tg 4.7). E seu fim será no lago de fogo e enxofre (Ap 20.10).

b) uma suporta distinção entre Jesus de Nazaré e Jesus Cristo. Se o próprio Paulo declarou que “nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado” (I Co 2.2). E o seu cuidado “para que a cruz de Cristo se não faça vã. Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus” (I Co 1.17,18). Paulo não faz esta distinção (I Tm 2.5; At 22.8). Nem Pedro (Atos 2.22-36 – onde Deus fez de Jesus Nazareno, Senhor e Cristo; At 3.6; 4.10; 6.14;). Nem João, que defendeu a divindade de Cristo, deixa de tratá-lo como Jesus de Nazaré (Jo 1.45;18.5,7;19.19 – se houve algum receio em identificar os “dois cristos” ele nem usaria o termo “nazareno” em seu evangelho. Pelo contrário, afirmou “nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus. E todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que já está no mundo. (I Jo 4.2,3). Na verdade, esse Dr. JLJM tenta fazer essa distinção do “Jesus Nazareno” e de “Jesus Cristo”, objetivando criar uma brecha que não existiu e nunca haverá na eternidade de Jesus (Ap 1.4,8). Uma vez que, incutindo essa heresia nos seus seguidores, ele cria a hipótese de que Deus ainda estaria por enviar o salvador. Ao passo de que esse Dr. JLJM se auto proclama “Jesus Cristo homem” (http://www.cegbrasil.com/jesus-cristo-homem/) e obviamente busca trazer a glória da adoração para si (II Ts 2.3,4) está mais do que caracterizado ser uma manifestação do espírito do anticristo.

Esta apologia bíblica continua.

Em Cristo,
Pr. Ronaldo Lucena.

3 de fev. de 2011

Por que missões?

Embora a palavra "missões" não se encontre nas Escrituras, a idéia está inserida em toda a Bíblia Sagrada, de Gênesis a Apocalipse. A palavra "missão" vem do latim "mitto" e significa "enviar". No Novo Testamento vemos o próprio Jesus empregando uma palavra com o mesmo significado - a palavra apóstolo (do grego apostello). De maneira simples, podemos afirmar que missão significa enviar.

Quando falamos em missões nos referimos à proclamação do evangelho em todo mundo, o que é geralmente chamado de Grande Comissão. Esta Grande Comissão consiste nas últimas instruções de Jesus a seus discípulos e que se encontra registrado nos quatro Evangelhos (Mt 28.18-20; Mc 16.15,16; Lc 24.46-49; Jo 20.21,22), bem como no livro de Atos dos Apóstolos (1.8). Através da Grande Comissão, o Senhor Jesus revela sua vontade - de que todas as pessoas, em todas as épocas - ouçam o evangelho, e assim as famílias da terra seriam benditas (Gn 12.3). A clareza destes textos deixa evidente que na mente de cada cristão obediente a Jesus, deve haver um profundo sentimento de paixão pelas almas. A evangelização do mundo é a vontade e o plano inquestionáveis do Senhor. Uma simples leitura, mesmo superficial, do Novo Testamento, é capaz de nos fazer observar esse fato.

Jesus, durante o seu ministério terreno, sempre se preocupou com a situação espiritual das pessoas. O seu olhar era diferente. Ele não via as pessoas pela sua posição social ou financeira, mas via o seu estado espiritual, ele as via como ovelhas sem pastor (Mt 9.35-38). Em outra passagem ele diz que as ovelhas ouvem a sua voz e o seguem, mas mesmo assim não se dá por satisfeito, pois reconhecia que haviam outras ovelhas, a quem ele também deveria agregar (Jo 10.16). E hoje, já passados quase dois mil anos destas celebres palavras, elas ainda ecoam em nossos ouvidos. Jesus ainda está a nos dizer que ainda existem outras ovelhas que ele deseja agregar ao seu rebanho. São milhões de muçulmanos, hinduístas, budistas e outros. "Mas como ouvirão se não há quem pregue?" (Rm 10.14,15). Cabe aos seguidores de Cristo fazê-lo conhecido em todo mundo, e assim muitas outras ovelhas serão agregadas ao rebanho (Igreja) do Senhor.

Para que essa tarefa fosse fielmente cumprida, em suas últimas instruções aos seus discípulos, antes de sua ascensão, Jesus deu a sua igreja representada ali uma ordem. Não foi uma simples opinião ou um mero palpite de Jesus. Ele não disse para a Igreja anunciar o evangelho a todos os povos quando achassem conveniente... ou para ver se compensava ou não... ou quando alguém estivesse à toa... Nada disso! As palavras de Jesus Cristo proferiram uma ordem imperativa clara e expressa para a Igreja, a de evangelizar o mundo e fazer novos discípulos (Mt 28.19; At 1.8). Não era uma ordem para evangelizar toda a cidade e só depois pensar em terras distantes. Não! Seus discípulos deveriam proclamar o evangelho a toda criatura e em todo o mundo (Mc 16.15). E esta ordem não foi somente para aquela época, mas ainda faz parte da missão imperativa da igreja hodierna. A missão da igreja baseia-se na missão de Deus de reconciliar a humanidade consigo mesmo, através do Evangelho. Somos, portanto, enviados a evangelizar o mundo e tornar o Evangelho disponível a toda criatura. A evangelização é a apresentação inteligível, atrativa, significativa, propositada e persuasiva do Evangelho. A ênfase no Novo Testamento é a proclamação verbal do Evangelho. Mais de 140 vezes o Novo Testamento usa palavras tais como diagello, “anunciar”; kataggello, “contar totalmente”; evangelizo, “espalhar boas novas”; ladeo, “conversar” ou “falar”; e kerusso, “anunciar” ou “proclamar”.

Por isso, ou fazemos missões mundiais ou, diante de Deus, estaremos sendo desobedientes, negligentes e omissos. Poderemos construir suntuosos templos. Poderemos fundar majestosos conjuntos musicais. E se podemos e temos condições de fazer isso, louvado seja Deus. Mas naquele grande dia, Deus não fará um concurso do templo mais bonito ou do conjunto mais esplendoroso. Ele sim requererá de nossas mãos o nosso empenho no sentido de tornar o mundo evangelizado. Obviamente que sozinhos não poderemos evangelizar o planeta inteiro. Mas podemos e devemos fazer a nossa parte nessa tarefa. E se cada um fizer a sua parte, o mundo evangelizado será um alvo realizável ainda nessa geração.

Que o sentimento de paixão pelas almas inunde nossos corações e nos leve a um profundo compromisso com a obra missionária.

Fonte: http://www.semipa.org.br/servicos/quemsomos/por_que_missoes.shtml

19 de nov. de 2010

Cuidado com o que fala!

Somos um mundo de tagarelas. A conversa está em toda a parte: pelo rádio, programas televisivos de entrevistas, telefones celulares... O problema é que quanto mais a gente fala, maiores são as chances de nossa boca nos colocar em apuros! Eis aqui algumas sugestões extraídas da Bíblia sobre como governar a boca:

Pense antes de falar! Faça uma pausa e acione a engrenagem da sua mente antes de abrir a boca. “Pessoas inteligentes pensam antes de falar. O que dizem, então, é muito mais convincente” (Provérbios 16:23). "Você terá que viver com as consequências de tudo quanto disser" (Provérbios 18.20).

Fale sempre a verdade! Com frequência deixamos de dizer a verdade para evitar conflitos. Não queremos “entornar o caldo”, mas ao final, isso só torna as coisas ainda piores. A desonestidade destrói relacionamen tos. “Aquele que retém a verdade causa problemas” (Provérbios 10:20). O verdadeiro amigo usa de honestidade. “A resposta honesta é sinal de uma amizade verdadeira” (Provérbios 24.26). “Afinal de contas, as pessoas apreciam mais a franqueza do que a bajulação” (Provérbios 28.23).

Fale a verdade com amor! Este é o filtro para o segundo item citado acima. Jamais empunhe a verdade como bastão para nocautear outra pessoa. “Palavras descuidadas podem ferir tão profundamente quanto uma espada, mas palavras ditas com sabedoria podem promover cura” (Provérbios 12.18). “Uma palavra de encorajamento opera maravilhas" (Provérbios 12.25).

Fale para curar, não para ferir. Usando palavras descuidadas geralmente podemos causar danos mais duradouros do que a injúria física. Por isso, devemos ter cuidado com o uso que fazemos das palavras, a fim de que elas produzam resultados positivos, benéficos. “Não permitam qu e nenhuma palavra prejudicial escape de sua boca, mas somente aquelas que sirvam para ajudar no progresso do outro, de acordo com suas necessidades, e possam beneficiar aos que as ouvem" (Efésios 4.29).

Finalmente peça que Deus o ajude a governar sua boca. Amo a tradução da Bíblia Viva do Salmo 141.3:“Ó, Senhor, ajuda-me a tomar cuidado com o que falo!” Em outras palavras: “Ajuda-me a manter a minha boca fechada!”

Texto de autoria de Rick Warren

12 de nov. de 2010

A verdadeira Luz.

Amigos,

Em Jesus Cristo "estava a vida, e a vida era a luz dos homens." João 1:4
'Ali estava a luz verdadeira, que ilumina a todo o homem que vem ao mundo." João 1:9

Disse Jesus:
"Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida. João 8:12
Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo. João 9:5

Portanto,
"Vinde, ó casa de Jacó, e andemos na luz do SENHOR." Isaías 2:5
"O povo que andava em trevas, viu uma grande luz, e sobre os que habitavam na região da sombra da morte resplandeceu a luz." Isaías 9:2

"E esta é a mensagem que dele ouvimos, e vos anunciamos: que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma." 1 João 1:5

Você precisa somente crer em Jesus Cristo, pois, "Eu sou a luz que vim ao mundo, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas." João 12:46

Pr. Ronaldo Lucena